segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um Rimbaud americano


África deixou de ser opção para o não-tão-maldito poeta depois da sua prematura morte, aos 27 anos. 40 anos depois da primeira publicação dos seus escritos, ainda se coloca a questão: a poesia de Jim Morrison sobrevive ao homem e ao mito?



1969 foi um ano agitado para James Douglas Morrison: The Doors editavam o seu quarto álbum, The Soft Parade, em que a creditação individual de cada faixa reflectia a desagregação progressiva de uma banda cujo vocalista se afundava cada vez mais no álcool, chegando a faltar a ensaios e a atrasar espectáculos. O desprezo que Jim Morrison parecia conferir ao seu modo de vida era mais do que evidente e reflectia-se também no seu aspecto — deixou crescer a barba, engordou e pôs de lado as famosas calças de cabedal que tinham ajudado a sua auto-proclamação como The Lizard King.



Os escândalos com a justiça eram frequentes, relacionados com acusações de atentado ao pudor e incitações à revolta coloridas por reacções Artaudianas. Morrison estava esgotado física e psicologicamente, como se todo o peso da morte iminente dos anos 60 se tivesse abatido sobre si próprio. Rui Pedro Silva, o autor de Contigo Torno-me Real (editado em 2003 pela Afrontamento e cuja edição internacional, de Março de 2008, foi distinguida com uma menção honrosa no Festival do Livro de Londres em Dezembro do ano passado) e um dos maiores investigadores da vida e obra de Jim Morrison, aponta os acontecimentos de 1969 como «uma caça às bruxas», da qual o vocalista dos Doors se tornou o bode expiatório: «Morrison não fez nada de especial que o levasse a tribunal. O seu peso contra-cultural é que foi levado ao banco dos réus». As acusações contra Morrison atingiram o seu pico justamente neste último ano da década de 60.



No entanto, nem tudo foi mau; o inevitável descanso a que Jim Morrison foi sujeito no que respeita à sua vida social e profissional fez com que se voltasse de novo para si próprio e para a escrita, que havia passado para segundo plano e teria mesmo sido negligenciada se a sua companheira, Pamela Courson, não o tivesse incentivado e até compilado a maior parte dos seus poemas: «Ela via-o primeiramente como um poeta, tal como ele [se via a si próprio]», explica Rui Pedro Silva, acrescentando que «ela era a âncora que ele necessitava para o acto solitário de escrita, mas com a certeza que estava psicologicamente acompanhado». Pamela acreditava piamente no talento literário de Morrison, e nesse mesmo ano de 1969 este editou, em edição privada, dois volumes contendo escritos seus. Estes haviam de se tornar históricos por terem sido os únicos que Jim Morrison publicou em vida.



Em 1970 a editora norte-americana Simon and Schuster publicava The Lords and the New Creatures (editado em Portugal pela Assírio & Alvim), que consistia na junção dos dois volumes publicados no ano anterior, contendo os títulos The Lords/Notes on Vision, cujo conteúdo se baseava essencialmente em descrições de lugares e pessoas, assim como em pensamentos teorizantes sobre o Cinema, e The New Creatures, já mais estruturado ao nível formal, no que respeita à sua natureza poética.



À morte prematura e misteriosa de Jim Morrison em Paris no ano seguinte, seguiu-se a de Pamela Courson, em Abril de 1974, e com ela parecia desaparecer também o interesse demonstrado pela poesia do Rei Lagarto. No entanto, e após uma luta controversa pelo legado de Morrison, foram os pais de Pamela que ficaram detentores dos direitos de autor de toda a obra literária do músico; no seu testamento, Jim Morrison deixava tudo à companheira, e, depois da morte desta, tudo passou para a posse dos pais, que com a ajuda do fotógrafo amigo de Jim, Frank Lisciandro, publicaram Wilderness — Escritos Inéditos (1988) e An American Prayer (1990), ambos com edição portuguesa da Assírio & Alvim, que se tornaram rapidamente best-sellers.



Hoje, Jim Morrison figura na galeria dos mais conceituados poetas anglo-saxónicos, ao lado de nomes como Dylan Thomas e Yeats. Coloca-se, porém, uma questão pertinente: até que ponto o valor literário atribuído à sua obra poética não é inflacionado por todo o mito construído em redor da sua morte prematura e popularidade quase universal? É certo que Kerouac se tornou numa das maiores vozes da consagrada Beat Generation apesar de os seus livros terem sido inicialmente comentados como «não sendo literatura, e sim dactilografia», mas será que a escrita de Morrison vive por direito próprio, ultrapassando o estatuto de «lenda» do próprio autor? Ou será que a genialidade deste era tal que os seus escritos sobreviveriam mesmo se não tivesse havido The Doors, nem mistérios em Paris, nem peregrinações a Père Lachaise?



É um mito, sim — mas é mesmo bom?



Rui Pedro Silva tem a certeza que sim. «Entrevistei ao longo dos anos as pessoas do staff original dos Doors, amigos íntimos de Morrison e artistas internacionais, e todos relevam muito mais a inteligência, profundidade e carácter do homem (Jim Morrison) do que os míticos excessos que muitas vezes escondem grandes exageros, manipulações e não raramente se transformam em histórias falsas», sublinha o autor de Contigo Torno-me Real. Silva salienta ainda que a poesia de Morrison recebeu críticas muito favoráveis, ainda que na sua maioria póstumas: «A poesia de Jim Morrison tornou-se popular depois da morte dele e essa foi a grande frustração da sua vida, pois ele via-se como um poeta, não como um sex symbol ou outro rótulo fútil que nada exprimisse a sua arte na escrita».



O lado B do álbum An American Prayer, o único registo comercializado de poesia recitada pelo próprio Jim Morrison, abre com Curses, Invocations, em que Morrison recita: «Words dissemble, words be quick/ Words resemble walking sticks/ Plant them they will grow/ Watch them waver so/ I'll always be a word man» — a organicidade da sua estreita relação com as palavras nunca precisou de ser comprovada, e se os seus escritos ainda vivem, 40 anos depois, também certamente não necessitará de o ser a sua relevância para a poesia contemporânea.



Ana Leorne

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

De que poderíamos prescindir?


por Nicholas Kristof, Publicado em 28 de Janeiro de 2010

Dar a quem mais precisa parte do que temos pode ser uma experiência enriquecedora, como aconteceu aos Salwen. Descobriram-se melhor a eles próprios e melhoraram a sua vida familiar


Tudo começou com uma paragem num semáforo.

Em 2006, Kevin Salwen, escritor e empresário de Atlanta, ia de carro com a sua filha Hannah, de 14 anos, que tinha ido buscar a casa de uma amiga. Enquanto esperavam que o sinal caísse, viram de um lado um Mercedes coupé preto e do outro um sem-abrigo que mendigava comida.

"Pai, se aquele homem tivesse um carro menos bom, o outro podia comer uma refeição", disse Hannah num protesto. A luz caiu e seguiram viagem, mas Hannah era nova de mais para ser razoável. Sarnou o juízo aos pais com o tema da desigualdade e insistia que queria fazer alguma coisa.

"Que queres tu fazer?", perguntou-lhe a mãe. "Vender a nossa casa?"

Atenção! Nunca lembre um gesto nobre e grandioso a um adolescente idealista! Hannah agarrou na ideia de vender a luxuosa casa da família e doar metade da receita a instituições de caridade e de utilizar a metade restante para comprar uma casa de substituição mais modesta.

A família assim acabaria por fazer. O projecto - louco, impetuoso e muitíssimo comovente - está descrito num livro que pai e filha tencionam publicar no próximo mês: "The Power of Half", ou o poder da metade. É um livro que eu, francamente, teria receio de deixar num lugar onde os meus próprios filhos adolescentes o pudessem encontrar. Basta que uma criança impressionável o leia e eis que toda a família se vê no meio da rua.

Numa altura em que há enormes necessidades no Haiti e noutros locais, e em que tantas pessoas nos EUA tentam ajudar os haitianos mandando para lá tudo, de mensagens de texto a sapatos, os Salwen são um exemplo de uma família que se juntou para marcar a diferença - tanto para si própria como para as pessoas que tentam ajudar.

Salwen e a mulher, Joan, tinham sempre partido do princípio de que os filhos viveriam melhor numa boa casa. Mas depois de se terem mudado para uma mais pequena, onde havia menos espaço onde cada um se pudesse isolar nas suas actividades, a família passou a estar mais tempo junta. A casa mais pequena tornou-se, inesperadamente, uma casa muito mais favorável à coesão.

"Em essência, trocámos objectos por aconchego e estreitamento relacional", disse-me Salwen, que acrescentou: "Nem sequer consigo perceber por que razão não fazem todos o mesmo."

Uma das razões do estreitamento das relações familiares foi o complexo processo de resolver qual o destino a dar ao dinheiro. Os Salwen investigaram várias causas e instituições de caridade e acabaram por se decidir pelo Hunger Project, uma organização internacional de desenvolvimento, sedeada em Nova Iorque, com provas dadas em lidar com a pobreza no mundo.

Os Salwen prometeram 800 mil dólares para patrocinar programas sanitários, de microfinança, alimentares e outros, em cerca de 40 aldeias do Gana. Foram ao Gana com um executivo do Hunger Project, John Coonrod, também ele uma pessoa exemplar. Ao longo dos anos, ele e a mulher doaram tanto dinheiro, retirado dos seus modestos salários de funcionários de agência humanitária, que estão entre os maiores doadores de Nova Iorque na lista do Hunger Project.

A iniciativa dos Salwen não correu de maneira inteiramente pacífica. A Hannah conquistou rapidamente os pais para o lado dela, mas o irmão mais novo, Joe, era um rapaz norte--americano de sangue na guelra para quem não era intuitivamente evidente que a vida melhorasse com a mudança para uma casa mais pequena e com a doação de dinheiro aos pobres. Em minoria e ultrapassado pelos acontecimentos, Joe lá aquiesceu. Os Salwen estão também preocupados por algumas pessoas terem reagido negativamente ao projecto em que embarcaram, vendo-o como exibicionismo de superioridade. E que haja quem proteste por terem dado dinheiro ao Gana, quando há tantas pessoas necessitadas nos Estados Unidos.

Ao escrever o livro, dizem os Salwen, não tinham o propósito de levar as pessoas a venderem as suas casas. Estão cientes de que pouca gente é assim tão doida. Em vez disso, tinham por objectivo levar as pessoas a saírem da rotina da acumulação e a definirem-se pelo que dão, e não só pelo que possuem.

"Ninguém está à espera que as pessoas vendam as suas casas", diz Hannah. "Isso até é um pouco ridículo. Para nós, a nossa casa era apenas uma coisa sem a qual podíamos viver. Era grande de mais. Toda a gente tem excesso de alguma coisa, quer seja tempo, quer talento ou fortuna. Toda a gente tem a sua própria metade; só é preciso descobri-la."

Quanto a Kevin Salwen, está satisfeito com o que se passou desde aquele breve encontro no sinal vermelho. "Estou encantado por podermos ajudar outras pessoas e estou espantado com o que isso nos ajudou a nós."



Exclusivo i/The New York Times

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Algumas das figuras que elevaram bem alto o nome do Sporting !!!

"Equipa de 1928"

Foi numa digressão ao Brasil, em 1928, que o Sporting estreou a camisola com listas horizontais verdes e brancas, num jogo frente ao Fluminense. Estes são portanto, os primeiros jogadores a usarem o equipamento, que ainda hoje é imagem de marca do nosso clube.

"Os 5 Violinos"

Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano ficaram conhecidos como os Cinco Violinos, designação ainda hoje associada a um dos melhores períodos do futebol português. Os anos quarenta e cinquenta do século XX nunca serão esquecidos pelos sportinguistas, mesmo por aqueles que não tiveram o privilégio de ver actuar tão virtuosos jogadores.
Os cinco atletas, e os companheiros que com eles actuaram naqueles tempos deram um valioso contributo para o engrandecimento do Sporting e do futebol português, conquistando muitos títulos, entre os quais os primeiros tricampeonato e pentacampeonato do futebol português.
Vasques, Albano e Travassos contabilizaram oito títulos de campeões nacionais, Jesus Correia sete e Peyroteo cinco, proezas invulgares e difíceis de igualar. O "quinteto" jogou junto no período compreendido entre 1946/47 e 1948/49, sendo Peyroteo o primeiro a abandonar o futebol. Jesus Correia continuou até 1953, ano em optou pelo hóquei em patins, enquanto Albano arruma as "chuteiras" em 1957. Vasques e Travassos foram os últimos resistentes, com a curiosidade de terem chegado ao Clube no mesmo no mesmo dia (8 de Setembro de 1946) e terem abandonado igualmente no mesmo dia (7 de Setembro de 1958).
Os extraordinários jogadores sportinguistas foram "baptizados" com o nome de Cinco Violinos por Tavares da Silva, treinador, jornalista, seleccionador nacional e dedicado sportinguista, devido à harmonia e entrosamento que revelavam dentro dos relvados.
O quinteto de avançados tinha o suporte de jogadores também eles notáveis. A baliza estava entregue a João Azevedo, um dos melhores guarda redes portugueses de sempre. A defesa era comandada pelo capitão Álvaro Cardoso, auxiliado no lado esquerdo por Juvenal ou Octávio Barrosa. No meio campo evoluíam Canário, Manuel Marques (Manecas) e Veríssimo.
Na selecção nacional, os "cinco violinos" contribuíram para alguns êxitos, entre os quais se destaca a primeira vitória sobre a Espanha, por 4-1, obtida em 1947 no Estádio Nacional. Travassos marcou dois golos, ficando os outros dois a cargo de Araújo, do FC Porto.

Anselmo Fernandez

O arquitecto Anselmo Fernandez nasceu no dia 21 de Agosto de 1918 e foi jogador, treinador do Sporting, tendo sido também co-autor do antigo Estádio José Alvalade.
Aos 16 anos iniciou a carreira de futebolista no Sporting, mas aos 27 anos, pôs de lado o futebol para se dedicar ao râguebi, enveredando mais tarde por uma carreira paralela de treinador de futebol, já que era arquitecto de profissão.
Em 1964, estreou-se como orientador técnico da equipa principal do de futebol, substituindo Gentil Cardoso, chamando para a equipa técnica Francisco Reboredo e para preparador físico, o professor Reis Pinto.
Anselmo Fernandez tomou conta da equipa depois da derrota de Manchester, por 4-1, sendo o obreiro da reviravolta operada na noite mágica de 18 de Março de 1964, tendo sido o primeiro treinador em Portugal que recorreu ao visionamento dos jogos gravados, em filme e em vídeo, para perceber como jogavam as equipas adversárias, iniciando assim a caminhada para a conquista da Taça das Taças. Durante todo o tempo que esteve com a equipa até à final de Antuérpia, nunca quis receber um tostão do Clube.
Anselmo Fernandez foi ainda um dos responsáveis, em parceria com Sá da Costa, pelos projectos de construção do Estádio José Alvalade, pelos quais não aceitou também qualquer tipo de remuneração.
Um exemplo para os dirigentes de hoje!
Faleceu no dia 19 de Janeiro de 200, com 81 anos, em Madrid.

António Livramento

António José Pereira do Livramento nasceu a 28 de Fevereiro de 1944, em Évora, e faleceu a 7 de Junho de 1999, em Lisboa.
Foi o jogador português mais prestigiado da modalidade do hóquei em patins, em que Portugal ocupa um dos lugares cimeiros no plano mundial.
Iniciou-se na modalidade aos dez anos e aos dezasseis era já campeão europeu de juniores.
O seu palmarés é verdadeiramente singular. Inclui cerca de 1700 jogos, 230 internacionalizações e um total de golos calculado em 3500, de entre os quais cerca de 500 ao serviço da selecção nacional.
Foi campeão nacional sete vezes, cinco das quais em representação do Sport Lisboa e Benfica e uma do Sporting Clube de Portugal.
Foi uma vez vencedor da Taça de Portugal, sete vezes campeão da Europa (entre 1961 e 1977) e três vezes campeão do mundo (1962, 1968 e 1974), tendo integrado equipas vencedoras de quase todos os troféus internacionais de hóquei: Taça Latina, Torneio Oliveiras de la Riva, Jogos Luso-Brasileiros e muitos mais.
Além dos clubes referidos, representou ainda Hockey Club de Monza (1970-72), o Banco Pinto e Sotto Mayor (1974-75) e o Lodi (1976-1978).
Acabando a sua carreira como jogador, tornou-se treinador da selecção nacional e de clubes em Portugal e na Itália. Livramento foi campeão nacional de clubes e também campeão europeu e mundial ao serviço da selecção portuguesa. A última equipa que orientou foi o FC Porto, clube que levou ao título nacional e à final da Liga dos Campeões um ano antes de falecer.
Apesar de ter recebido prémios de mérito, como por exemplo, a Águia de Ouro do SL Benfica, António Livramento era um sportinguista confesso e que vivia o clube como poucos.

Carlos Lopes

Carlos Alberto de Sousa Lopes, nascido a 18 de Fevereiro de 1947, em Vildemoinhos, São Salvador, em Viseu é por ventura, o maior símbolo olímpico do Sporting Clube de Portugal. Nos 5000 m foi campeão nacional absoluto em 1968 e 1983, tendo batido por nove vezes o recorde nacional. Nos 10 000 m tornou-se campeão nacional em 1970 e em 1978, tendo superado o recorde nacional por oito vezes. Em 1976, em Montreal, conquistou nesta modalidade uma medalha olímpica, classificando-se no segundo lugar. Em corta-mato foi campeão nacional 10 vezes, vice-campeão mundial em 1977 e 1983 e campeão mundial em 1976, 1984 e 1985. Campeão nacional dos 3000 m obstáculos, em 1976. Em 1982 e 1984 venceu a corrida de S. Silvestre (Brasil) e, em Roterdão, tornou-se recordista mundial da maratona. Compareceu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1972, em Munique, na Alemanha, mas foi em 1984, em Los Angeles, que se sagrou campeão olímpico da maratona, obtendo para Portugal a sua primeira medalha de ouro alcançada em Jogos Olímpicos.

Fernando Mamede

Fernando Eugénio Pacheco Mamede nasceu na freguesia de Santiago Maior, em Beja, a 1 de Novembro de 1951 e é um dos maiores símbolos do atletismo português. Apesar de ter começado a sua carreira de desportista no futebol, nos juvenis e nos juniores em dois clubes de Beja, Fernando Mamede, sempre treinado pelo Prof. Moniz Pereira, ganhou fama no atletismo, principalmente nos dez mil metros. Considerado um atleta de eleição, embora pouco talhado para competições de grande desgaste emocional, foi recordista mundial dos dez mil metros, de 1984, em Estocolmo, até 1989, quando Arturo Barrios, do México, o destronou em Berlim. Foi também recordista europeu dos dez mil metros de 1981, um título conquistado em Lisboa, até 26 de Junho de 1982, altura em que o perdeu a favor de Carlos Lopes, para o recuperar 13 dias depois, em Paris. Mais tarde melhorou novamente a marca, conseguindo fazer dez mil metros em 27'13''81, recorde europeu.
Ainda em matéria de recordes, Fernando Mamede foi recordista absoluto dos 800 metros nas seguintes épocas: 1970, em Bruxelas; 1971, em Barcelona e em Helsínquia; 1973, em Lisboa; e, um ano depois, em Roma. Perdeu o recorde em Agosto de 1986.
Conseguiu o recorde dos cinco mil metros primeiro em 1978, em Estocolmo, e depois em Lisboa, em 1982, sendo esta marca ultrapassada pelo recordista António Leitão, também em 1982.
Fernando Mamede conquistou duas medalhas de bronze, uma individual, no Campeonato do Mundo de Corta-Mato, em Madrid, no ano de 1981, e outra colectiva, no Campeonato do Mundo de Corta-Mato, em Nova Iorque, em 1984. Este atleta do Sporting esteve presente nos Jogos Olímpicos de Munique (1972), Montreal (1976), e Los Angeles (1984). Esteve também presente em Campeonatos do Mundo de Pista, Corta-Mato, Campeonatos da Europa de Pista, Taça da Europa, entre outras competições.
A nível nacional, o atleta do Sporting Clube de Portugal, foi recordista dos dois mil metros, em 1984, dos quinhentos metros de 1970 a 1982, dos mil metros de 1971 a 1980, da milha desde 1976 até 1980, das duas milhas de 1974 a 1976, recordista dos três mil metros de 1979 a 1983 e recordista absoluto dos mil e quinhentos metros de 1971 a 1974, seis dias mais tarde recuperou o recorde e bateu-o mais três vezes durante o ano de 1976. Perdeu este recorde em Julho de 1980.
Também nas estafetas o seu protagonismo foi evidente: nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, nos 4x400 m, fez o último percurso da corrida e estabeleceu um recorde de Portugal que perdurou até 1982; nos 4x800 m fez parte da equipa que bateu o recorde em 1969 e, no ano seguinte, bateria novamente esse recorde que seria mais tarde, em 1973, batido por uma equipa do Sporting de que Fernando Mamede não fazia parte. Também nos 4x1.500 m manteve o recorde português em representação de uma equipa do Sporting Clube de Portugal desde 1970 até 1972. No corta-mato foi campeão nacional em 1979, 1980, 1981, 1983, 1985 e 1986.
No escalão júnior, o seu primeiro recorde nacional nos dez mil metros data de Julho de 1980, foi também recordista na distância dos oitocentos metros de 1970 a 1973 e nos mil metros manteve o recorde entre 1970 e 1979. Na distância de mil e quinhentos metros foi recordista nacional de 1970 a 1972, recordista dos quatrocentos metros entre 1970 e 1971 e na estafeta 4x400, em 1968, a equipa de que fazia parte, obteve um recorde nacional que seria melhorado depois em 1970 e que se aguentou até 1983.

Francisco Stromp

Francisco Stromp nasceu em Lisboa no 21 de Maio de 1892 e morreu em 1 de Julho de 1930. Participou em 107 jogos de leão ao peito, sendo capitão durante 10 anos.
Em 1908 Francisco Stromp, com 16 anos, estreou-se na equipa de honra do Sporting, equipa essa a que pertenceu até à época de 1923/24. Actuou a médio direito e a avançado centro.
Diziam os companheiros que ele era a alma da equipa, apelava ao sportinguismo de todos, e fazia-o de tal forma que conseguia sempre unir o grupo. Como capitão, tinha como competência para além de liderar o grupo, enviar postais convocando os colegas para os treinos e para os jogos.
Para além de ter sido a alma e o coração da equipa, foi ele um dos principais impulsionadores do Sporting quando o clube dava os primeiros passos, tendo-se tornado no principal ídolo dos adeptos leoninos.
Neste tempo, a vida de Francisco Stromp confunde-se com a vida do Sporting, pois ele viveu o clube como poucos o fizeram, foi sócio, dirigente, jogador, capitão, não querendo para ele qualquer estatuto especial, comportando-se como qualquer sócio ou atleta.
Para trás, a nível desportivo ficaram chamadas à Selecção de Lisboa entre 1914/1917 e entre 1920/1922. Foi chamado em 1913 para representar o futebol português no Brasil. Somou ainda 25 internacionalizações e um Campeonato de Portugal na época de 1922/1923.
Em 1 de Julho de 1930, o Sporting é abalado pela morte trágica de Francisco Stromp que ocorreu na estação de comboios de Sete Rios, no dia do 24º aniversário do clube. Contava 38 anos e a dedicação ao Sporting fizeram com que fosse aprovada, depois da sua morte, uma proposta da direcção conferindo-lhe para sempre a qualidade de sócio nº 3 do clube.
A equipa de futebol ganhou nessa época o Campeonato de Lisboa e dedicou a vitória a Francisco Stromp.
O seu nome é também ligado ao equipamento original do Sporting. Tendo ainda o seu nome associado ao mais alto galardão atribuído pelo Sporting: os prémios Stromp, que distinguem entre outros o melhor atleta, treinador, dirigente, futebolista, etc.
Mais do que uma figura, Francisco Stromp é um símbolo do nosso clube.

Hector Yazalde

Yazalde nasceu em 29 de Maio de 1946, num bairro pobre de Buenos Aires.
Devido à sua condição social desfavorecida, quando entrou para a escola aos sete anos, não tinha livros. Horácio Aguirre, um bom amigo, era quem lhe emprestava os livros para que pudesse estudar.
Aos 13 anos começou a trabalhar para ajudar a família. Começou por vender jornais, depois bananas e por último a partir gelo. Ele já tinha um sonho, que era o de ser como os seus ídolos do Boca Juniors, Valentin, Roma ou Ratin.
Em 1965, quando Yazalde foi assistir ao treino do seu amigo Horácio Aguirre, no Piraña, clube de amadores de Buenos Aires, pediu que alguém lhe emprestasse um equipamento para treinar. Na mesma tarde assinou o contrato e recebeu 2.000 pesos argentinos, que era o equivalente ao que recebia num mês, como vendedor ambulante de bananas.
Dois anos depois transferiu-se para o Independiente de Buenos Aires. Aos 20 anos, sagrou-se pela primeira vez campeão e recebeu o troféu de melhor marcador. Não foi preciso muito tempo para que fosse chamado à selecção Argentina.
Em 1967/1968 revalidou o título de Campeão Nacional da Argentina e com o dinheiro que recebeu, comprou um apartamento no centro de Buenos Aires.
Em 1970, surgiram convites do Santos, do Palmeiras, do Valência, do Lyon, do Nacional de Montevidéu e do Boca Juniors, mas quem o convenceu foi o dirigente do Sporting, Abraão Sorin.
Com o dinheiro que recebeu construiu uma vivenda numa zona chique, para os pais viverem consigo. Na primeira época que jogou pelo Sporting, Yazalde não apareceu, mas na temporada de 1973/1974, o popular "Chirola" marcou 46 gols em 30 jogos e conquistou a Bota de Ouro europeia.
Yazalde estabeleceu um novo recorde europeu de golos em 19 de Maio de 1974, batendo o recorde do húngaro Skoblar. Como prémio recebeu um carro, que vendeu e dividiu o dinheiro com os companheiros de equipa.
Em 1975, transferiu-se para o Marselha, mas não foi feliz. Voltou para a Argentina, onde se tornou empresário de futebol.
Faleceu aos 51 anos, em Buenos Aires, vítima de uma paragem cardíaca.

Joaquim Agostinho

Joaquim Agostinho, nascido no dia 7 de Abril de 1943 em Brejenjas, freguesia da Silveira, concelho de Torres Vedras, foi o mais notável ciclista português de sempre.

Já tarde foi reconhecido o seu potencial no ciclismo, numa prova de amadores e pela mão do então corredor do Sporting João Roque. Joaquim Agostinho destacou-se de tal forma que o mesmo João Roque fez todos os possíveis e acabou por levar Agostinho para os "leões". A partir daí nunca mais deixou de obter grandes e gloriosas conquistas. Do seu brilhante palmarés há a destacar: 6 Campeonatos de Portugal, 5 Campeonatos de Portugal em Contra-relógio, 3 Voltas a Portugal e 2 terceiros lugares nas suas 13 participações no Tour de France, onde venceu 5 etapas.
Em 84 na Volta ao Algarve e quando "vestia de amarelo" sofreu uma queda que o deixou em estado crítico. Mesmo assim, voltou a montar a bicicleta e com a ajuda dos seus colegas cortou a meta da sua última etapa. Vítima desse acidente veio a falecer, 10 dias depois, no Hospital da CUF.
Morreu como sempre "correu"... de amarelo vestido.
José Alvalade

José Alfredo Holtreman Roquette (José Alvalade), nasceu no dia 10 de Outubro de 1885, tendo sido o grande criador do Clube.
Conta a história que ao desentender-se com o Campo Grande Foot-Ball Club, que ajudara a fundar, disse esta frase que ficou célebre: “vou ter com o meu avô que me dará dinheiro para fundar outro clube”. E assim aconteceu, fundado o Sporting, José Alvalade dotou-o com as melhores instalações que havia no nosso País à época. Inauguradas em 1907 e melhoradas cinco anos depois em 1912.
José Alvalade foi o sócio nº1 do Sporting, Sócio Benemérito em 31 de Dezembro de 1908, Sócio de Honra em 2 de Novembro de 1912 e Sócio Honorário a título póstumo em 13 de Agosto de 1943.
Representou o Sporting enquanto atleta, nas modalidades de futebol, criquete e ténis. E foi também o terceiro presidente da Direcção, desde 26 de Junho de 1910 a 1 de Outubro do mesmo ano. Depois exerceu o mesmo cargo desde esse dia, até Novembro de 1912, por eleição dos demais associados. Foi ainda vice-presidente da Direcção cinco vezes, vogal uma vez e tesoureiro do Clube, entre 1 de Outubro de 1913 3e 16 de Novembro de 1914.
Em suma, foi determinante para a criação, implantação, engrandecimento e concretização de um sonho de haver em Portugal um dos clubes mais representativos da Europa.
Um exemplo para os dirigentes vindouros, que infelizmente não pode prosseguir a sua obra, pois veio a falecer novo, com 33 anos, a 19 de Outubro de 1918.

José Travassos
José António Barreto Travassos, também conhecido por Zé da Europa por ter sido o 1º jogador de futebol português a jogar na selecção da Europa, em 1955 contra a Grã-Bretanha. Como jogador de futebol foi 35 vezes internacional e representou a CUF (onde foi necessario autorização do ministro por ainda não ter idade de junior) e o Sporting Clube de Portugal. Praticou ainda atletismo nos anos em que jogava na CUF.
Ainda na época em que era moda o futebol de ataque Travassos actuava como interior-direito, e juntamente com Albano, Jesus Correia, Peyroteo e Vasques formaram os famosos Cinco Violinos. Também famoso foi o golo que marcou no seu primeiro jogo contra o F.C.Porto, um remate de moinho que ficou imortalizado no filme O Leão da Estrela.
Fora do grande ecrã teve a mais curiosa crítica de um jornalista estrangeiro, no caso inglês, em 1951: "Portugal não figura entre os seis primeiros países da Europa do futebol, mas possui um interior-direito, Travassos, que vale quatro mil contos. Travassos, com um penteado impecável, é tão brilhante com os pés como o seu inalterável penteado de brilhantina".
Na sua estreia no Campeonato Nacional a 16 de Fevereiro de 1947 foi autor de 3 golos ajudando a golear o Benfica por 6-1, num jogo disputado no Estádio do Lumiar e que lhe valeu um relógio de ouro como prémio pela exibição.
Nascido a 22 de Fevereiro de 1922 na Quinta do Lumiar, em Lisboa, curiosamente no mesmo local onde se situava a Bancada Nova do antigo estádio de Alvalade.
Despediu-se do futebol a 7 de Setembro de 1958.
Luís Figo

Luís Filipe Madeira Figo nasceu a 4 de Novembro de 1972, em Lisboa. É um dos mais talentosos jogadores da chamada geração de ouro do futebol português, surgida no início da década de 90. Foi campeão europeu de sub-16 com a selecção portuguesa em 1989 e um dos elementos mais influentes da selecção de sub-20, que arrecadou o título no Campeonato do Mundo de 1991, decorrido em Portugal. Ocupa a posição de médio-direito e destaca-se pela sua excelente técnica individual e bom domínio de bola.
A primeira equipa de Figo foi um clube de bairro da Cova da Piedade, arredores de Lisboa, chamado "Os Pastilhas". Aos 12 anos ingressou num dos grandes do futebol português, o Sporting Clube de Portugal. Estreou-se na I Divisão nacional com apenas 17 anos, em Abril de 1990. Na época de 1991/92, foi promovido definitivamente à equipa principal do Sporting, após se ter sagrado campeão do mundo de sub-20. Em 1994, voltou a trabalhar com o técnico Carlos Queiroz - treinador das selecções portuguesas de sub-20 que ganharam títulos mundiais em 1989 e 1991 -, desta vez no Sporting e foi então que se deu a sua afirmação futebolística. Estreou-se na selecção A de Portugal no dia 12 de Outubro de 1991, num jogo contra o Luxemburgo, e desde então passou a ser um dos melhores elementos da equipa portuguesa.
Em 1995, transferiu-se para o Barcelona, de Espanha, onde rapidamente ganhou os elogios da crítica e viu aumentar o seu prestígio internacional, cotando-se como um dos mais desejados médios da Europa.
Em 2000, fez parte da equipa da selecção portuguesa que participou no campeonato europeu de futebol. Após o campeonato, deixou o Barcelona e passou a integrar a equipa do Real Madrid, também de Espanha. A transferência do jogador para o Real Madrid foi a mais cara do futebol mundial, suplantada posteriormente pela de Zidane.
Em Dezembro de 2000, conquistou o prémio de melhor jogador europeu, a Bola de Ouro, atribuído pela "France Football". Este prémio existe desde 1956. Figo foi o segundo português a receber este troféu, já que o mesmo foi também atribuído a Eusébio em 1965.
Em 2001, recebeu o prémio Personalidade do Ano, entregue por Maria José Ritta (esposa do Presidente da República Jorge Sampaio), o qual é atribuído pela Associação da Imprensa Estrangeira a personalidades portuguesas que mais se destacam internacionalmente. Em Dezembro do mesmo ano, foi-lhe atribuído pela Federação Internacional de Futebol o prémio de melhor jogador do mundo. Este prémio existe desde 1991 e Figo foi o primeiro português a recebê-lo. No ano seguinte, foi ainda nomeado embaixador do comité português para a UNICEF.

Manuel Fernandes

Manuel José Tavares Fernandes, nasceu em Sarilhos Pequenos, no dia 5 de Junho de 1951. Jogou no 1º Maio F. C. Sarilhense, GD CUF, Sporting e V. Setúbal. Internacional A 34 vezes e 9 golos marcados.
Foi um dos mais míticos capitães leoninos de sempre e também um dos melhores goleadores do futebol português. O moço de Sarilhos Pequenos, que a CUF conquistou para o futebol e o Sporting lançou para o grande palco internacional, tornou-se, num dos jogadores mais queridos e acarinhados pela massa associativa leonina e uma das suas mais emblemáticas figuras.
Manuel Fernandes chegou ao Sporting em 1975, para tentar fazer esquecer Hector Yazalde, vendido nesse ano ao Marselha. E podemos dizer que superou esse desafio. Para envergar a camisola do seu clube de sempre, recusou uma proposta do FC Porto, e de leão ao peito durante os doze anos que esteve no Sporting, foi duas vezes campeão em 79/80 e 81/82, venceu duas Taças de Portugal em 77/78 e 81/82 e em 85/86 foi o melhor marcador do campeonato nacional com 30 golos. Tendo sido titular indiscutível durante todos estes anos de verde-e-branco vestido totalizando 316 jogos e marcando 189 golos.
Inesperadamente, na época de 1986/87, foi colocado na lista de dispensas do clube, ou melhor, foi escorraçado pelos dirigentes da época de acabar a carreira no "seu" Sporting. Tendo-se transferido para o V. Setúbal, onde por fim abandonou a actividade um ano mais tarde, tornando-se então treinador.
Quando Manuel Fernandes era ainda miúdo, sua mãe D. Justina Tavares, previu que ele iria jogar no Sarilhense, na GD CUF e também no Sporting que era o clube da família. Mas não conseguiu prever tudo o que ele significou e ainda significa para nós sportinguistas: um exemplo como desportista e um dos mais inesquecíveis jogadores que envergaram a nossa camisola
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Rui Jordão

Depois de cinco épocas no rival SL Benfica, Rui Jordão transferiu-se para Saragoça. Deslocado num clube onde nunca lhe souberam dar valor, foi recuperado pelo Sporting em 1977, onde viria a viver nove extraordinárias épocas.

De "leão ao peito", foi duas vezes campeão nacional, venceu a Taça de Portugal em duas ocasiões e uma Supertaça. Marcou 187 golos num total de 279 jogos oficiais, com um parcial de 207 jogos e 141 golos a contar para o Campeonato Nacional.
Na selecção nacional viveu igualmente momentos de glória, como a grande penalidade que apontou frente à antiga URSS, que deu o apuramento para o Euro 84, onde Jordão viria a brilhar. Quem não se recorda, da fantástica meia-final frente à França, onde este avançado apontou dois golos? Viria a despedir-se da selecção, num particular, em Atenas frente à Grécia, 43 internacionalizações depois da estreia frente ao Chipre. Terminou a sua carreira com 37 anos, ao serviço do V. Setúbal.
Vítor Damas

Vítor Damas foi um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre. Entre 1966/67 e 1974/75 representou o Sporting. Transferiu-se depois para a equipa espanhola de Santander, onde jogou entre 1975/76 e 1979/80. Voltou a Portugal para jogar pelo Vitória de Guimarães entre 1980/81 e 1982/83, e o Portimonense, em 1983/84. Regressou ao Sporting entre 1984/85 e 1988/89, onde terminou a sua carreira.
Damas jogou 29 vezes pela equipa nacional, tendo-se estreado a 6 de Abril de 1969 e fazendo o último jogo pela selecção em 11 de Julho de 1986. Possivelmente a sua carreira na selecção foi comprometida pelos anos passados em Espanha. Foi suplente durante o Campeonato da Europa de 1984 e jogou no Campeonato do Mundo de 1986, substituindo Manuel Bento, quanto este fracturou uma perna.
Vítor Damas será para sempre um símbolo do Sporting Clube de Portugal, participou em 52 jogos das cometições europeias, sendo até hoje o recordista de jogos europeus com a camisola do nosso clube. O seu impacto na vida do Sporting Clube de Portugal foi tão grande, que um dia, o malogrado jornalista Carlos Pinhão disse: «Vítor Damas é o "Eusébio" do Sporting». Morreu com somente 55 anos, vítima de cancro.


Fonte : http://www.factor-web.com/super/figuras2.htm