Este blog pretende ser mais um, o proximo, e, em colaboração com todos, servir como um ponto de encontro, debate e opinião sobre as mais variádas matérias que a mim me agradam... partecipem.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
O poder das palavras... Sejamos positivos sempre!
São como armas poderosas
Provocam tanto sofrimento
Mas mais belas que as rosas
Quando ditas com sentimento.
Validation Legendado Parte 1/ 2
Validation Legendado Parte 2/ 2
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
"A Cidade Livre de Christiania"
A antiga área de bases militares, localizada próximo de Christianshavn, um subúrbio da capital dinamarquesa, foi ocupada em 1971 por milhares de hippies, anarquistas, artistas e músicos, como forma de protesto ao governo da Dinamarca.
Os primeiros ocupantes de Christiania tinham como ideal comum a rejeição aos ideais capitalistas que assolaram a Europa no pós-Segunda Guerra Mundial.
Os habitantes de Christiania também queriam um espaço verde e aberto, para que pudessem criar seus filhos longe do crescente tumulto de Copenhaga.
Tentativas judicialmente legais feitas por órgãos estatais para a retirada dos habitantes de Christiania (tidos como "indesejáveis perturbadores da paz e da ordem" pelos outros moradores de Christianshavn e Copenhaga) fracassaram devido ao enorme número de pessoas e à enorme da área ocupada. Seus moradores passaram então a tratar Christiania como uma "Experiência Social“, até que o uso e o destino das terras fosse finalmente decidido. Em contrapartida, os ocupantes consentiram em arcar com as despesas de água e energia eléctrica.
Os actuais moradores de Christiania referem-se a si próprios como moradores de uma cidade livre, administrativamente independentes das autoridades nacionais completamente autónoma.
Christiania oferece uma infinidade de atracções artísticas e intensa vida cultural.
A arquitectura individualista e pitoresca, bem como a planta da comunidade são as expressões e marcas de um estilo de vida alternativo lá representado.
Todos os tipos de serviços passaram a oferecidos à população ao longo dos anos: desde a recolha de lixo e limpeza das ruas, até serviços de correio e escola.
Não há contratos de aluguer nem propriedades de imóveis, de modo que cada um mantém uma relação muito pessoal com a casa a qual habita. A solução de conflitos e problemas comunitários é feita democraticamente e baseada em consenso geral, de modo que cada indivíduo possui responsabilidade na manutenção da ordem no âmbito da comunidade.
Não existe polícia as reuniões são de carácter diverso organizados com o objectivo de se tomar decisões em favor da comunidade.
Carros e as "drogas duras" são proibidos em Christiania. Já o consumo de drogas "leves" é tolerado dentro dos limites da comunidade há cerca de trinta anos pelo governo dinamarquês.
Em 16 de Março de 2003, as autoridades entraram na rua Pusher Street, que se tornou conhecida por se uma zona de venda de "drogas Leves" e uma atracção turística, onde alguns vendedores foram detidos.
Devido ao encerramento da Pusher Street, o fluxo de visitantes e turistas dentro de Christiania quase cessou, e com isso também a entrada de dinheiro na comunidade, trazendo problemas financeiros à cidade livre, que ainda hoje persistem."
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Christiania)
Hoje em dia tem cerca de 1000 habitantes e a comunidade possui as suas próprias infra-estruturas e sistema de governação. Manifestações artísticas são algo que não falta a Christiania encontrando-se um pouco por todo o lado alguém a tocar, cantar, pintar ou a produzir artesanato. Os concertos multiplicam-se, sobretudo no verão, e não falta sequer um museu para admirar algumas das obras artísticas dos moradores.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Ouro Azul A Guerra Mundial pela Água (1/9)
Nossa Terra, nossa Água, nossa Vida
Documentario que diz bem o que estao a fazer a nossa Água.
Esta é a primeira parte de nove partes, vejam o resto no You tube.
1. A água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos ter, a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Art.30 de Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo a água deve ser manipulada com racionalidade, preocupação e parcimónia
.
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos por onde os ciclos começam.
5. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores, ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para as gerações presentes e futuras.
6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor económico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e diascernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração de qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo Homem nem pelo Estado.
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10. O planeamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
sábado, 9 de outubro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
A eco-aldeia de Tamera (Alentejo)
Uma eco-aldeia é uma pequena comunidade de pessoas numa estrutura social coesa, baseada em várias combinações de três dimensões: comunidade, ecologia e espiritualidade. As eco-aldeias têm como denominador comum o objectivo de proporcionar um estilo de vida em harmonia com a natureza e entre os seus membros.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
As 21 Leis do Universo
1- Lei da Atracção: aquilo que focas a tua atenção atrais. Seja coisas positivas ou negativas. Exemplo: se fores amoroso atrais amor e experiências de amor
2- Lei da Resistência: aquilo que resistes e receias atrais uma vez mais. Assim se assegura que a pessoa se livre dos seus medos lidando com eles.
3- Lei da Reflexão: aquilo que aprecias, receias ou desgostas nos outros tens em ti, e vice-versa. A pessoa apenas projecta no outro a parte de si que não torna consciente. Aquilo que resistes em ti, receias nos outros. Alguns ramos da Psicologia actual lidam com esta lei.
4- Lei da Manifestação: tudo se inicia com um pensamento, uma ideia. Quanto mais forte, mais repetitivo é este, mais depressa e imediatamente se manifesta. O pode criativo ilimitado que temos pode ser trabalhado e assim a pessoa subir acima das suas limitações.
5- Lei do Livre Arbítrio: em última análise, somos nós que criamos totalmente os nossos destinos. Apesar de haver destino, é dada a liberdade à pessoa de agir perante os eventos como quiser. Assim, desenvolvendo consciência elevada, desapego às coisas e aos resultados e às expectativas e cultivando acções positivas, elimina-se consequências desfavoráveis e perpectivas menos positivas.
6- Lei da Consequência: tudo surge de algo original anterior, cada evento, cada pensamento causa uma consequência (positiva ou negativa ao nosso julgamento). Assim executar actos negativos atrai actos negativos e actos positivos atrai de futuro actos positivos. Exemplo: se roubares acabarás por ser roubado em algo porque causaste uma desestabilização da harmonia do sistema universo. De maneira que um dia nos cansámos dos actos negativos, acabamos mais tarde por eliminar estes por nos surgirem consecutiva e repetidamente (seja como indivíduos ou como espécie humana). A Lei decorre eternamente até a transcendermos.
7- Lei da Harmonia: deriva da anterior, porque no universo tudo tenta atingir o equílibrio e a harmonia. Veja-se o caso do Planeta Terra e da Natureza!
8- Lei da Sabedoria e Conhecimento: a sabedoria elimina as consequências negativas na vida. Exemplo: ao aprendermos a lidar com sensatez sobre as diveras coisas da vida com amor, consciência e dedicação, podemos ultrapassar a dor (e sorrir...)
9- Lei do Retorno e da Dádiva: um pouco similar às anteriores, aquilo que dás acabas por receber mais. Se dou mais amor e devoção de mim aos outros, mais receberei em retorno.
Comentário: se der soluços será que os outros vão dar também?
10-Lei da Evolução e Propósito: esta é a mais complicada de engulir para muitos cientistas. A evolução do Universo e da vida não acontece ao acaso. Existe um propósito e tudo é orquestado de um modo espantosamente inteligente. Questão: como surgiu o DNA? Como surgiu a célula?
A evolução é no sentido da Consciência, do poder criativo e de manifestação. A evolução é no sentido do Amor.
11- Lei da Energia: como afirmam os físicos e em especial os físicos quânticos, tudo no universo é energia. E toda a energia é vibração. É apenas diferença em vibração que faz diferir cada coisa e cada ser. No Universo, a energia não se cria, não se perde, apenas se transforma. Isso aplica-se a tudo, inclusivé à consciência. As diferenças na vibração fazem mudar as propriedades das coisas de forma que parecem diferentes à nossa percepção. Deste modo e evidentemente, há coisa que não são observáveis pela nossa percepção mas claro continuam e existir (exemplo: UVs, electricidade...) Deste modo, formas de ser e objectos podem não ser manifestadamente visíveis mas mesmo assim existentes! Ou não são vísiveis mas são "sentíveis"
Mais harmonia faz, de acordo com a lei anterior, propulsionarmos a patamares de evolução mais elevados por simples naturalidade do universo.
12- Lei do Desapego: é na resistência que está a causa de todos os nosso sofrimentos. Só porque resistimos com apego aquilo que já não funciona ou não é suposto possuirmos (na verdade não é suposto possuirmos nada). A aceitação das coisas, e nomeadamente da mutabilidade das coisas, dá-nos paz por sabermos que nada possuimos e tudo "desaparece" pois lentamente transforma-se. Cultivando esta atenção podemos ser mais facilmente felizes.
Comentário: é desta que as listas de compras vão reduzir-se! Lol
13- Lei da Gratitude: quanto mais dás, mais recebes. (Eu sei, eu sei, estou a repetir-me), o quanto mais dás, mais receberás (seja do que for e em que for)
Não vou brincar, mas na verdade dou muitas esmolinhas e na verdade vivo bem abastado.
14- Lei da Associação (da Exponencionalidade): simples- quando dois se juntam com o mesmo propósito ou intenção, a força é duplamente mais eficaz. Quando milhares se juntam, a força é enorme. Podemos criar satisfação global para todos deste modo.
15- Lei do Amor Incondicional: a expressão do amor incondicional proporciona mais harmonia. Passo a explicar. Amor incondicional é aquele que dás sem pedir ou esperar nada em troca. Visto que assim é livre de medos, mais espaço para amor crias e mais facilidade de expressão de amor incondicional fica estabelecida. Conselho: ideal para as relações amorosas
16- Lei da Afinidade: não me vou atrever a explicar, só digo que explica o sexo!
(tudo na vida não acontece por mero acaso, há afinidades que explicam propósitos e consequências ou o reverso, bem, não importa a ordem, perceberam não perceberam?)
17- Lei da Abundância: esta é para os políticos! E povo claro. Nós criamos a realidade que queremos. Ou melhor... Nós vemos a realidade que queremos. Mas a realidade que este universo é um universo de abundância. Veja-se a sua imensidão! Veja-se a quantidade de recursos que a Terra nos dá. Veja-se o quão pouco realmente necessitámos! Todos os seres humanos contém em si tudo e todo o potencial para fazer das suas vidas um paraíso ilimitado e de grande felicidade. No entanto a generalidade da espécie humana escolhe ver um planeta de escassez e assim cria a sua ilusória realidade. Exemplo: o planeta Terra contém 1,260,000,000,000,000,000,000 litros de água e 1,873,420,000,000 tonelada de biomassa em solo firme. Exemplo2: é muito simples plantar cenouras ou criar galinhas e as cenouras crescem à custa de 99% de água e ar. Lírico? Eu? Donde julgas que vem toda a tua comida?
18- Lei da Ordem Universal: basta estudar cosmologia (tou a brincar!.... ou não). Quando estudei biologia durante a universidade (e agradeço ao universo por tal oportunidade) fiquei surpreendido com a complexidade, ordem e propósito de todas as coisas que compõe o corpo, desde os orgãos às células, das moléculas aos átomos. Nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito. Tudo serve outra coisa qualquer. A vida é funcional, adaptável e sustentável. Qualquer falta de balanço neste sistema apenas causa o sistema a tentar adaptar-se a ficar funcional e sustentável de novo (xiii... que erro foi ter queimado o petróleo todo). Não existem erros nem acasos como disse. Todas as lições são aprendidas e o propósito da evolução é seguido.
Como Agostinho da Silva disse: a tua maior liberdade está em escolheres seguir alegremente o teu destino, cumprindo-te.
19- Lei da Unidade: é apenas por simples ilusão humana que parecemos separados ou as nossas consciências (e existências) parecem separadas
20- Lei do Compromisso: não sabia que nome dar a esta lei. Devido à lei anterior, uma forma de consciência só consegue ser realmente livre e totalmente realizada em felicidade quando conseguir libertar e dar essa felicidade a todos os outros seres. Por virtude da lei do Propósito, parece-me que a energia do universo quer andar sempre no sentido do Amor e tal acontecerá mais tarde ou mais cedo na história do universo
21- Lei da Eternidade: na realidade não existe tempo. Basta usar um relógio e ver os ponteiros. Sim os ponteiros movem-se mas também o sol se move, também os meus dedos se movem. E também o tempo se move. Nota: onde estou eu? Aqui! Onde estava eu? Ainda estás aqui. Onde estarei eu? Olha, ainda estás aqui. Aqui, aqui, aqui. Agora, agora, agora. Já sabem a dica para viver? Amor incondicional.
Fonte: solquartocrescente
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Física Quântica e Budismo....
http://www.youtube.com/watch?v=8gxoaShPdf0&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=Cc9RdjNuA8c&feature=player_embedded
"Encontrei a alma andando em meu caminho.Porque a alma anda por todos os caminhos. A alma não marcha numa linha reta nem cresce no caniço. A alma desabrocha, qual um lótus de mil pétalas."
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Um Rimbaud americano
África deixou de ser opção para o não-tão-maldito poeta depois da sua prematura morte, aos 27 anos. 40 anos depois da primeira publicação dos seus escritos, ainda se coloca a questão: a poesia de Jim Morrison sobrevive ao homem e ao mito?
1969 foi um ano agitado para James Douglas Morrison: The Doors editavam o seu quarto álbum, The Soft Parade, em que a creditação individual de cada faixa reflectia a desagregação progressiva de uma banda cujo vocalista se afundava cada vez mais no álcool, chegando a faltar a ensaios e a atrasar espectáculos. O desprezo que Jim Morrison parecia conferir ao seu modo de vida era mais do que evidente e reflectia-se também no seu aspecto — deixou crescer a barba, engordou e pôs de lado as famosas calças de cabedal que tinham ajudado a sua auto-proclamação como The Lizard King.
Os escândalos com a justiça eram frequentes, relacionados com acusações de atentado ao pudor e incitações à revolta coloridas por reacções Artaudianas. Morrison estava esgotado física e psicologicamente, como se todo o peso da morte iminente dos anos 60 se tivesse abatido sobre si próprio. Rui Pedro Silva, o autor de Contigo Torno-me Real (editado em 2003 pela Afrontamento e cuja edição internacional, de Março de 2008, foi distinguida com uma menção honrosa no Festival do Livro de Londres em Dezembro do ano passado) e um dos maiores investigadores da vida e obra de Jim Morrison, aponta os acontecimentos de 1969 como «uma caça às bruxas», da qual o vocalista dos Doors se tornou o bode expiatório: «Morrison não fez nada de especial que o levasse a tribunal. O seu peso contra-cultural é que foi levado ao banco dos réus». As acusações contra Morrison atingiram o seu pico justamente neste último ano da década de 60.
No entanto, nem tudo foi mau; o inevitável descanso a que Jim Morrison foi sujeito no que respeita à sua vida social e profissional fez com que se voltasse de novo para si próprio e para a escrita, que havia passado para segundo plano e teria mesmo sido negligenciada se a sua companheira, Pamela Courson, não o tivesse incentivado e até compilado a maior parte dos seus poemas: «Ela via-o primeiramente como um poeta, tal como ele [se via a si próprio]», explica Rui Pedro Silva, acrescentando que «ela era a âncora que ele necessitava para o acto solitário de escrita, mas com a certeza que estava psicologicamente acompanhado». Pamela acreditava piamente no talento literário de Morrison, e nesse mesmo ano de 1969 este editou, em edição privada, dois volumes contendo escritos seus. Estes haviam de se tornar históricos por terem sido os únicos que Jim Morrison publicou em vida.
Em 1970 a editora norte-americana Simon and Schuster publicava The Lords and the New Creatures (editado em Portugal pela Assírio & Alvim), que consistia na junção dos dois volumes publicados no ano anterior, contendo os títulos The Lords/Notes on Vision, cujo conteúdo se baseava essencialmente em descrições de lugares e pessoas, assim como em pensamentos teorizantes sobre o Cinema, e The New Creatures, já mais estruturado ao nível formal, no que respeita à sua natureza poética.
À morte prematura e misteriosa de Jim Morrison em Paris no ano seguinte, seguiu-se a de Pamela Courson, em Abril de 1974, e com ela parecia desaparecer também o interesse demonstrado pela poesia do Rei Lagarto. No entanto, e após uma luta controversa pelo legado de Morrison, foram os pais de Pamela que ficaram detentores dos direitos de autor de toda a obra literária do músico; no seu testamento, Jim Morrison deixava tudo à companheira, e, depois da morte desta, tudo passou para a posse dos pais, que com a ajuda do fotógrafo amigo de Jim, Frank Lisciandro, publicaram Wilderness — Escritos Inéditos (1988) e An American Prayer (1990), ambos com edição portuguesa da Assírio & Alvim, que se tornaram rapidamente best-sellers.
Hoje, Jim Morrison figura na galeria dos mais conceituados poetas anglo-saxónicos, ao lado de nomes como Dylan Thomas e Yeats. Coloca-se, porém, uma questão pertinente: até que ponto o valor literário atribuído à sua obra poética não é inflacionado por todo o mito construído em redor da sua morte prematura e popularidade quase universal? É certo que Kerouac se tornou numa das maiores vozes da consagrada Beat Generation apesar de os seus livros terem sido inicialmente comentados como «não sendo literatura, e sim dactilografia», mas será que a escrita de Morrison vive por direito próprio, ultrapassando o estatuto de «lenda» do próprio autor? Ou será que a genialidade deste era tal que os seus escritos sobreviveriam mesmo se não tivesse havido The Doors, nem mistérios em Paris, nem peregrinações a Père Lachaise?
É um mito, sim — mas é mesmo bom?
Rui Pedro Silva tem a certeza que sim. «Entrevistei ao longo dos anos as pessoas do staff original dos Doors, amigos íntimos de Morrison e artistas internacionais, e todos relevam muito mais a inteligência, profundidade e carácter do homem (Jim Morrison) do que os míticos excessos que muitas vezes escondem grandes exageros, manipulações e não raramente se transformam em histórias falsas», sublinha o autor de Contigo Torno-me Real. Silva salienta ainda que a poesia de Morrison recebeu críticas muito favoráveis, ainda que na sua maioria póstumas: «A poesia de Jim Morrison tornou-se popular depois da morte dele e essa foi a grande frustração da sua vida, pois ele via-se como um poeta, não como um sex symbol ou outro rótulo fútil que nada exprimisse a sua arte na escrita».
O lado B do álbum An American Prayer, o único registo comercializado de poesia recitada pelo próprio Jim Morrison, abre com Curses, Invocations, em que Morrison recita: «Words dissemble, words be quick/ Words resemble walking sticks/ Plant them they will grow/ Watch them waver so/ I'll always be a word man» — a organicidade da sua estreita relação com as palavras nunca precisou de ser comprovada, e se os seus escritos ainda vivem, 40 anos depois, também certamente não necessitará de o ser a sua relevância para a poesia contemporânea.
Ana Leorne
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
De que poderíamos prescindir?
por Nicholas Kristof, Publicado em 28 de Janeiro de 2010
Dar a quem mais precisa parte do que temos pode ser uma experiência enriquecedora, como aconteceu aos Salwen. Descobriram-se melhor a eles próprios e melhoraram a sua vida familiar
Tudo começou com uma paragem num semáforo.
Em 2006, Kevin Salwen, escritor e empresário de Atlanta, ia de carro com a sua filha Hannah, de 14 anos, que tinha ido buscar a casa de uma amiga. Enquanto esperavam que o sinal caísse, viram de um lado um Mercedes coupé preto e do outro um sem-abrigo que mendigava comida.
"Pai, se aquele homem tivesse um carro menos bom, o outro podia comer uma refeição", disse Hannah num protesto. A luz caiu e seguiram viagem, mas Hannah era nova de mais para ser razoável. Sarnou o juízo aos pais com o tema da desigualdade e insistia que queria fazer alguma coisa.
"Que queres tu fazer?", perguntou-lhe a mãe. "Vender a nossa casa?"
Atenção! Nunca lembre um gesto nobre e grandioso a um adolescente idealista! Hannah agarrou na ideia de vender a luxuosa casa da família e doar metade da receita a instituições de caridade e de utilizar a metade restante para comprar uma casa de substituição mais modesta.
A família assim acabaria por fazer. O projecto - louco, impetuoso e muitíssimo comovente - está descrito num livro que pai e filha tencionam publicar no próximo mês: "The Power of Half", ou o poder da metade. É um livro que eu, francamente, teria receio de deixar num lugar onde os meus próprios filhos adolescentes o pudessem encontrar. Basta que uma criança impressionável o leia e eis que toda a família se vê no meio da rua.
Numa altura em que há enormes necessidades no Haiti e noutros locais, e em que tantas pessoas nos EUA tentam ajudar os haitianos mandando para lá tudo, de mensagens de texto a sapatos, os Salwen são um exemplo de uma família que se juntou para marcar a diferença - tanto para si própria como para as pessoas que tentam ajudar.
Salwen e a mulher, Joan, tinham sempre partido do princípio de que os filhos viveriam melhor numa boa casa. Mas depois de se terem mudado para uma mais pequena, onde havia menos espaço onde cada um se pudesse isolar nas suas actividades, a família passou a estar mais tempo junta. A casa mais pequena tornou-se, inesperadamente, uma casa muito mais favorável à coesão.
"Em essência, trocámos objectos por aconchego e estreitamento relacional", disse-me Salwen, que acrescentou: "Nem sequer consigo perceber por que razão não fazem todos o mesmo."
Uma das razões do estreitamento das relações familiares foi o complexo processo de resolver qual o destino a dar ao dinheiro. Os Salwen investigaram várias causas e instituições de caridade e acabaram por se decidir pelo Hunger Project, uma organização internacional de desenvolvimento, sedeada em Nova Iorque, com provas dadas em lidar com a pobreza no mundo.
Os Salwen prometeram 800 mil dólares para patrocinar programas sanitários, de microfinança, alimentares e outros, em cerca de 40 aldeias do Gana. Foram ao Gana com um executivo do Hunger Project, John Coonrod, também ele uma pessoa exemplar. Ao longo dos anos, ele e a mulher doaram tanto dinheiro, retirado dos seus modestos salários de funcionários de agência humanitária, que estão entre os maiores doadores de Nova Iorque na lista do Hunger Project.
A iniciativa dos Salwen não correu de maneira inteiramente pacífica. A Hannah conquistou rapidamente os pais para o lado dela, mas o irmão mais novo, Joe, era um rapaz norte--americano de sangue na guelra para quem não era intuitivamente evidente que a vida melhorasse com a mudança para uma casa mais pequena e com a doação de dinheiro aos pobres. Em minoria e ultrapassado pelos acontecimentos, Joe lá aquiesceu. Os Salwen estão também preocupados por algumas pessoas terem reagido negativamente ao projecto em que embarcaram, vendo-o como exibicionismo de superioridade. E que haja quem proteste por terem dado dinheiro ao Gana, quando há tantas pessoas necessitadas nos Estados Unidos.
Ao escrever o livro, dizem os Salwen, não tinham o propósito de levar as pessoas a venderem as suas casas. Estão cientes de que pouca gente é assim tão doida. Em vez disso, tinham por objectivo levar as pessoas a saírem da rotina da acumulação e a definirem-se pelo que dão, e não só pelo que possuem.
"Ninguém está à espera que as pessoas vendam as suas casas", diz Hannah. "Isso até é um pouco ridículo. Para nós, a nossa casa era apenas uma coisa sem a qual podíamos viver. Era grande de mais. Toda a gente tem excesso de alguma coisa, quer seja tempo, quer talento ou fortuna. Toda a gente tem a sua própria metade; só é preciso descobri-la."
Quanto a Kevin Salwen, está satisfeito com o que se passou desde aquele breve encontro no sinal vermelho. "Estou encantado por podermos ajudar outras pessoas e estou espantado com o que isso nos ajudou a nós."
Exclusivo i/The New York Times
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Algumas das figuras que elevaram bem alto o nome do Sporting !!!
"Equipa de 1928" |
Foi numa digressão ao Brasil, em 1928, que o Sporting estreou a camisola com listas horizontais verdes e brancas, num jogo frente ao Fluminense. Estes são portanto, os primeiros jogadores a usarem o equipamento, que ainda hoje é imagem de marca do nosso clube. |
"Os 5 Violinos" |
Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano ficaram conhecidos como os Cinco Violinos, designação ainda hoje associada a um dos melhores períodos do futebol português. Os anos quarenta e cinquenta do século XX nunca serão esquecidos pelos sportinguistas, mesmo por aqueles que não tiveram o privilégio de ver actuar tão virtuosos jogadores. |
Anselmo Fernandez |
O arquitecto Anselmo Fernandez nasceu no dia 21 de Agosto de 1918 e foi jogador, treinador do Sporting, tendo sido também co-autor do antigo Estádio José Alvalade. |
António Livramento |
António José Pereira do Livramento nasceu a 28 de Fevereiro de 1944, em Évora, e faleceu a 7 de Junho de 1999, em Lisboa. |
Carlos Lopes |
Carlos Alberto de Sousa Lopes, nascido a 18 de Fevereiro de 1947, em Vildemoinhos, São Salvador, em Viseu é por ventura, o maior símbolo olímpico do Sporting Clube de Portugal. Nos 5000 m foi campeão nacional absoluto em 1968 e 1983, tendo batido por nove vezes o recorde nacional. Nos 10 000 m tornou-se campeão nacional em 1970 e em 1978, tendo superado o recorde nacional por oito vezes. Em 1976, em Montreal, conquistou nesta modalidade uma medalha olímpica, classificando-se no segundo lugar. Em corta-mato foi campeão nacional 10 vezes, vice-campeão mundial em 1977 e 1983 e campeão mundial em 1976, 1984 e 1985. Campeão nacional dos 3000 m obstáculos, em 1976. Em 1982 e 1984 venceu a corrida de S. Silvestre (Brasil) e, em Roterdão, tornou-se recordista mundial da maratona. Compareceu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1972, em Munique, na Alemanha, mas foi em 1984, em Los Angeles, que se sagrou campeão olímpico da maratona, obtendo para Portugal a sua primeira medalha de ouro alcançada em Jogos Olímpicos. |
Fernando Mamede |
Fernando Eugénio Pacheco Mamede nasceu na freguesia de Santiago Maior, em Beja, a 1 de Novembro de 1951 e é um dos maiores símbolos do atletismo português. Apesar de ter começado a sua carreira de desportista no futebol, nos juvenis e nos juniores em dois clubes de Beja, Fernando Mamede, sempre treinado pelo Prof. Moniz Pereira, ganhou fama no atletismo, principalmente nos dez mil metros. Considerado um atleta de eleição, embora pouco talhado para competições de grande desgaste emocional, foi recordista mundial dos dez mil metros, de 1984, em Estocolmo, até 1989, quando Arturo Barrios, do México, o destronou em Berlim. Foi também recordista europeu dos dez mil metros de 1981, um título conquistado em Lisboa, até 26 de Junho de 1982, altura em que o perdeu a favor de Carlos Lopes, para o recuperar 13 dias depois, em Paris. Mais tarde melhorou novamente a marca, conseguindo fazer dez mil metros em 27'13''81, recorde europeu. |
Francisco Stromp |
Francisco Stromp nasceu em Lisboa no 21 de Maio de 1892 e morreu em 1 de Julho de 1930. Participou em 107 jogos de leão ao peito, sendo capitão durante 10 anos. |
Hector Yazalde |
Yazalde nasceu em 29 de Maio de 1946, num bairro pobre de Buenos Aires. |
Joaquim Agostinho |
Joaquim Agostinho, nascido no dia 7 de Abril de 1943 em Brejenjas, freguesia da Silveira, concelho de Torres Vedras, foi o mais notável ciclista português de sempre. Já tarde foi reconhecido o seu potencial no ciclismo, numa prova de amadores e pela mão do então corredor do Sporting João Roque. Joaquim Agostinho destacou-se de tal forma que o mesmo João Roque fez todos os possíveis e acabou por levar Agostinho para os "leões". A partir daí nunca mais deixou de obter grandes e gloriosas conquistas. Do seu brilhante palmarés há a destacar: 6 Campeonatos de Portugal, 5 Campeonatos de Portugal em Contra-relógio, 3 Voltas a Portugal e 2 terceiros lugares nas suas 13 participações no Tour de France, onde venceu 5 etapas. Em 84 na Volta ao Algarve e quando "vestia de amarelo" sofreu uma queda que o deixou em estado crítico. Mesmo assim, voltou a montar a bicicleta e com a ajuda dos seus colegas cortou a meta da sua última etapa. Vítima desse acidente veio a falecer, 10 dias depois, no Hospital da CUF. Morreu como sempre "correu"... de amarelo vestido. |
José Alvalade |
José Alfredo Holtreman Roquette (José Alvalade), nasceu no dia 10 de Outubro de 1885, tendo sido o grande criador do Clube. |
José Travassos |
José António Barreto Travassos, também conhecido por Zé da Europa por ter sido o 1º jogador de futebol português a jogar na selecção da Europa, em 1955 contra a Grã-Bretanha. Como jogador de futebol foi 35 vezes internacional e representou a CUF (onde foi necessario autorização do ministro por ainda não ter idade de junior) e o Sporting Clube de Portugal. Praticou ainda atletismo nos anos em que jogava na CUF. Ainda na época em que era moda o futebol de ataque Travassos actuava como interior-direito, e juntamente com Albano, Jesus Correia, Peyroteo e Vasques formaram os famosos Cinco Violinos. Também famoso foi o golo que marcou no seu primeiro jogo contra o F.C.Porto, um remate de moinho que ficou imortalizado no filme O Leão da Estrela. Fora do grande ecrã teve a mais curiosa crítica de um jornalista estrangeiro, no caso inglês, em 1951: "Portugal não figura entre os seis primeiros países da Europa do futebol, mas possui um interior-direito, Travassos, que vale quatro mil contos. Travassos, com um penteado impecável, é tão brilhante com os pés como o seu inalterável penteado de brilhantina". Na sua estreia no Campeonato Nacional a 16 de Fevereiro de 1947 foi autor de 3 golos ajudando a golear o Benfica por 6-1, num jogo disputado no Estádio do Lumiar e que lhe valeu um relógio de ouro como prémio pela exibição. Nascido a 22 de Fevereiro de 1922 na Quinta do Lumiar, em Lisboa, curiosamente no mesmo local onde se situava a Bancada Nova do antigo estádio de Alvalade. Despediu-se do futebol a 7 de Setembro de 1958. |
Luís Figo |
Luís Filipe Madeira Figo nasceu a 4 de Novembro de 1972, em Lisboa. É um dos mais talentosos jogadores da chamada geração de ouro do futebol português, surgida no início da década de 90. Foi campeão europeu de sub-16 com a selecção portuguesa em 1989 e um dos elementos mais influentes da selecção de sub-20, que arrecadou o título no Campeonato do Mundo de 1991, decorrido em Portugal. Ocupa a posição de médio-direito e destaca-se pela sua excelente técnica individual e bom domínio de bola. |
Manuel Fernandes |
Manuel José Tavares Fernandes, nasceu em Sarilhos Pequenos, no dia 5 de Junho de 1951. Jogou no 1º Maio F. C. Sarilhense, GD CUF, Sporting e V. Setúbal. Internacional A 34 vezes e 9 golos marcados. |
Rui Jordão |
Depois de cinco épocas no rival SL Benfica, Rui Jordão transferiu-se para Saragoça. Deslocado num clube onde nunca lhe souberam dar valor, foi recuperado pelo Sporting em 1977, onde viria a viver nove extraordinárias épocas. De "leão ao peito", foi duas vezes campeão nacional, venceu a Taça de Portugal em duas ocasiões e uma Supertaça. Marcou 187 golos num total de 279 jogos oficiais, com um parcial de 207 jogos e 141 golos a contar para o Campeonato Nacional. Na selecção nacional viveu igualmente momentos de glória, como a grande penalidade que apontou frente à antiga URSS, que deu o apuramento para o Euro 84, onde Jordão viria a brilhar. Quem não se recorda, da fantástica meia-final frente à França, onde este avançado apontou dois golos? Viria a despedir-se da selecção, num particular, em Atenas frente à Grécia, 43 internacionalizações depois da estreia frente ao Chipre. Terminou a sua carreira com 37 anos, ao serviço do V. Setúbal. |
Vítor Damas |
Vítor Damas foi um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre. Entre 1966/67 e 1974/75 representou o Sporting. Transferiu-se depois para a equipa espanhola de Santander, onde jogou entre 1975/76 e 1979/80. Voltou a Portugal para jogar pelo Vitória de Guimarães entre 1980/81 e 1982/83, e o Portimonense, em 1983/84. Regressou ao Sporting entre 1984/85 e 1988/89, onde terminou a sua carreira. |
Fonte : http://www.factor-web.com/super/figuras2.htm
terça-feira, 1 de junho de 2010
O Segredo da Felicidade (1/12)
"Um jovem actor parte sozinho em busca das respostas para encontrar, enfim, a fórmula da felicidade. O que é a felicidade, e como ela pode ser atingida? Nesta jornada pela satisfação plena, ele visita mestres internacionalmente reverenciados em suas respectivas filosofias - que já mudaram as vidas de milhares de pessoas em todo o mundo, compartilham suas idéias únicas e servem para inspirar cada um de nós, ajudando-nos a encontrar nossa própria felicidade. Escritores, filósofos, líderes de diferentes religiões, todos entregando pérolas de sabedoria e apresentando caminhos para que você possa trilhar a sua paz interior. Afinal, o segredo pode estar dentro de você."
"Somos mais responsaveis pela nossa felicidade do que pensamos...."
terça-feira, 25 de maio de 2010
Museu irá expor esqueleto de suposto extraterrestre
As Pirâmides de 11 mil anos submersas no Japão podem confirmar a Terceira Raça
Ao longo de mais de uma década de explorações, mergulhadores já haviam localizado nada menos do que oito grandes estruturas feitas pelo
homem, incluindo um enorme platô com mais de 200m de comprimento, uma pirâmide no mesmo estilo das aztecas e maias (constituídas de 5 andares e alinhadas de acordo com pontos cardeais), bem como um conjunto completo de zigurates, demarcando áreas e regiões específicas no platô.Assim como são “coincidências” o fato das pirâmides do Egito estarem alinhadas com a constelação de Orion (Osíris), as pirâmides encontradas na China alinharem perfeitamente com a constelação de Gêmeos, os Templos astecas de Tecnochtitlan estarem alinhados com a constelação de Urso, Angkor Wat (aqueles templos que a Lara Croft explora no Cambodja) estarem alinhados com a constelação do Dragão e assim por diante
Fonte: rodrigoenok 02/2008